segunda-feira, 23 de abril de 2012

Capitulo 5



    Eram exatamente 19:30 quando Diego chegou lá em casa. Minha mãe estava alvorassada com a noticia de que sua meninha tinha um encontro (mesmo eu explicando que seria apenas um ensaio).
- Você não está vestida extamente pra um trabalho escolar - ela comentou com um risinho, enquanto abria a porta para Diego.
    Olhei para o espelho no corredor. Meus cabelos caiam em suaves ondas pelos ombros, estav de vestido vermelho com pequenos botões de rosa e um all-star preto. A maquiagem era discreta e eu só havia passado um pouquinho de perfume (da minha irmã, Gabriele, é claro).
    Quem diria - ela comentou, descendo as escadas, o cheiro de esmalte flutuando sobre ela - mamãe tem DUAS filhas. E eu pensando que tinha um irmão caçula.
- Muito engraçado - rosnei, sentindo o coração palpitando quando ouvi minha mãe cumprimentando Diego e o convidando a entrar. - Seja séria pelo menos uma vez na vida: como eu estou?
    Dei uma voltinha para mostrar toda a produção
- Parece uma beterraba no fogão de tão vermelha.
    Abri a boca para ofende-la, porém não emiti nenhum som (e a boca continuava aberta). Diego estava ao lado da minha mãe, que o levou até onde estavamos. De jaqueta de couro preta, camisa azul e calças jeans surradas, pensei ter visto uma visão do paraiso.
- Vão jantar aonde mesmo Di? - minha mãe perguntou, sorrindo.
MEU DEUS. Ela o conheceu agora e já o abreviou o nome dele.
- Pensei em leva-la a um restaurante Italino, próximo a praia.
- O nome não é Spoletto? Dizem que servem uma excelente macarronada - murmurou e depois me olhou - e é um lugar muito romântico.
   Olhei minha mãe de cara feia e minha irmã deu uma risadinha.
- A proposito, minha querida irmã não nos apresentou - Gabriele disse, se aproximando como um felino. Quase não consegui conter o impulso de saltar sobre ela.
- Prazer em conhece-la - ele disse a beijando no rosto e sorrindo com gentileza.
- Acredite, o prazer é todo meu.
Eu não mereço essa familia.
- Bem, acho melhor vocês irem, antes que percam a reserva - Minha mãe falou, nos empurrando em direção a porta de entrada - e não se preocupe com o horário meu docinho. Divirtam-se!
   A porta se fechou com um estrondo atrás de nós. Eu tinha certeza que elas estavam espiando pela janela.
- Sua mãe é bem legal -ele disse enquanto abria a porta do sedan preto para mim.
- Ela tenta ser - murmurei, ainda mortificada.
Diego entrou no carro, ligou o mp3 e acelerou fundo.
- Gosta de comida italiana?
- Claro que sim - respondi- me recostando no banco e sentindo um aroma de perfume tipicamente masculino. Suspirei.
- Quando vamos ensaiar? - perguntei, olhando para as mãos bronzeada e firmes no volante. Ele riu.- O que você achou de tão engraçado?
Ele olhou para mim quando paramos no semáfaro.
- Não vamos ensaiar, a não ser que você queira muito.
- Não entendi...- balbuciei, confusa e ao mesmo tempo consciente da nossa proximidade.
- Desde a primeira vez em que a vi no estacionamento tive vontade de convidá-la para sair. Ian falou muito de você quando passamos aquela semana na praia. Vi algumas fotos suas e quando conversamos pela primeira vez vi que tudo o que Ian havia dito era verdade.
- O que ele disse?
Diego acelerou quando o sinal ficou verde, mas ainda prestando a atenção em mim.
- Que você é linda demais, inteligente, sarcástica e nunca diz o que esperamos. E minha unica intenção esta noite é estar com você.
   Senti a intensidade da declaração. Ele estava me dando alternativas, uma vez que ele falou da sua real intenção.
   Fiquei em silêncio, tentando assimilar tudo o que ele havia dito. Ele está a fim de mim?!
   Faz apenas dois dias e algumas horas que nos conhecemos, mas será que ele sente a mesma coisa que eu?Como se nos conhecessemos há muito tempo?
- Eu também quero passar um tempo com você - confessei baixinho, sentindo minhas bochechas queimarem.
Nos olhamos em silencio e ele sorriu.


    De estômago cheio e rindo sem parar, concordei de ir com Diego até a praia, dar uma caminhada.
Informações gerais
- Tem 19 anos e é emancipado
- Pretende fazer faculdade de engenharia mecânica
- Tem uma irmã de 5 anos e outra de quinze.
- Tem dois cachorros vira-latas e uma gata
- Se mudou para o nosso colégio porque seus pais venderam a casa na praia e se mudaram para os Estados     Unidos pelo trabalho.
- Seu ultimo namoro durou um ano e meio, e ele diz que a garota era maluca

- Ela cortou com a tesoura todas as minhas camisetas de futebol porque não quis ir com ela ao shopping.
Comecei a rir, sentindo a brisa forte vinda do mar, a areia sobre os pés descalços e uma alegria desvairada.
- Eu fiz isso com as roupas da minha irmã, quando ela beijou o garoto por quem fui apaixonada a minha vida toda na frente de casa.
- Então já teve alguem - brincou, passando a mão pelos cabelos sedosos e brilhantes ao luar.
- Claro que sim. Eu tinha oito anos e estava apaixonada - ri, recordando - e Ian deu uma surra nele quando soube de tudo.
    Lembrei de Ian acertando em cheio a cara de Felipe, o corpo infantil começando a ter as primeiras formas masculinas.
- E você nunca namorou ninguem depois dessa...tragédia?
- Não, nunca. Sou uma loba solitária - brinquei escondendo a tristeza.
No momento seguinte senti os dedos dele se entrelaçaram aos meus, com perfeição.
- Sorte minha você ser cega. Se visse ao menos um pouco veria quantos gaviões estão a sua volta e quantos outros adorariam me matar para estar com você.
    Haviamos parado no meio da praia. Duas pessoas desconhecidas e conhecidas ao mesmo tempo por um laço invisivel. Era fácil imaginar que éramos os unicos na praia ou no Mundo. Fácil quando os olhos azuis estavam escuros, o sorriso ainda mais branco, braços protetores ao seu redor.
    Porque era exatamente como estávamos.
    Quase abraçados.
    Uma mão dele segurava firmemente minha cintura e a outra passava pelo meu rosto, afastando mechas que haviam caido nos olhos.
TUM-TUM-TUM
   Acho que vou ter um ataque cardiaco agora. Dei um risinho que desapareceu quando fui puxada com força contra ele, minha mãos pousando em sei peito. Vi os lábios dele se aproximado, cada vez mais, tocando levemente minha bochecha e testa. Ele me afastou levemente, me olhou por uns instante, como se estivesse tomando uma decisão importante, até que seu lábios começaram a baixar em direção aos meus e eu ficava nas pontas dos pés...



CONTINUA HAHAHHAAHAH

não tirem conclusões precipitadas, fica a dica :0

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